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Como visitar o Campo de Concentração de Auschwitz

Entrada do Campo

Um dos lugares mais tristes que você vai conhecer. Palco de verdadeiros horrores prestados à humanidade, o Campo de Concentração de Auschwitz foi um complexo de campos nazistas localizados na cidade de Oświęcim, ao sul da Polônia. Desde 1947 o local funciona como memorial e museu, para que jamais se esqueça da história de terror ocorrida por lá. Nesse post você vai entender e descobrir como visitar o Campo de Concentração de Auschwitz.

O início de tudo

Tudo começou quando a Polônia, tomada por tropas nazistas em 1939, se transformou em um cenário de medo, tristeza e pavor. Auschwitz foi liderado pelo Terceiro Reich alemão e funcionou até o ano de 1945 como um local de extermínio em massa.

Isso tudo aconteceu, pois os alemães, comandados por Adolf Hitler pretendiam extinguir qualquer raça considerada – por eles – como não pura. O regime nazi promovia a limpeza racial e a predominância da raça ariana. Um verdadeiro horror!

História sobre Auschwitz

Auschwitz-Birkenau

Foi o sétimo campo instituído pelos nazistas e era considerado o maior de todos. Sendo assim, o complexo de Auschwitz constituía-se pelo campo principal (Auschwitz I), pelo campo de extermínio de Birkenau (Auschwitz II) e por outros campos menores de trabalho, como o de Buna e Monowitz.

Os membros da SS (Schutzstaffel) faziam parte da segurança e de cargos mais elevados dentro de Auschwitz. Nesse sentido, em 1942 havia 2 mil guardas nos campos, já no ano de 1944, contabilizava-se mais de 4 mil funcionários da SS nos campos de Auschwitz.

Mais de 5 milhões de pessoas foram deportadas aos campos de Auschwitz-Birkenau (entre 1939 e 1944), mas apenas uma parcela mínima sobreviveu. Entretanto, esse número não é exato, pois milhares dos novos prisioneiros que chegavam ao local não eram nem registrados, mas sim, enviados direto às câmaras de gás.

Vida no campo de concentração

A vida em Auschwitz não era fácil. Aliás, afirmo em dizer que não se pode chamar de “vida” o que os prisioneiros passavam tentando sobreviver em Auschwitz. As pessoas que lá chegavam, tinham todos os pelos do corpo raspados, nomes trocados por números tatuados e pertences confiscados. Além disso tudo, o uso obrigatório de estrelas amarelas no peito, identificavam os judeus.

Dessa forma, as condições diárias de sobrevivência no campo eram desumanas, para dizer o mínimo. Alimentação e cuidados básicos de higiene, por exemplo, eram escassos e mais de 500 pessoas se amontoavam em barracões com 40 beliches e piso de terra.

Para se ter uma ideia, muitas delas morriam de frio mesmo, já que os uniformes eram finos e via-se prisioneiros sem sapatos em pleno inverno rigoroso da Polônia. Também ocorriam mortes por desidratação e doenças que se alastravam entre os prisioneiros, como tifo.

Fora as condições quase inexistentes, logo na chegada ao campo de Auschwitz II-Birkenau, o prisioneiro passava por uma seleção, que definia se ele estava apto ao trabalho. Se a pessoa não passasse nessa avaliação, ia direto para as câmaras de gás. Esse era o destino imediato de muitos idosos, mulheres e crianças .

Os judeus foram os mais afetados pelo regime totalitário nazista, pois estima-se que 90% das pessoas que perderam suas vidas nos campos, eram judias. Além deles, ciganos, homossexuais, pessoas com deficiência ou qualquer opositor aos ideais do governo, também viraram prisioneiros dos campos de extermínio.

A libertação

A libertação dos prisioneiros ocorreu em 27 de janeiro de 1945. Quando o Exército Soviético chegou em Auschwitz, os militares encontraram cerca de sete mil sobreviventes em péssimo estado de saúde.

A SS, antes de retirar seus oficiais do campo, limpou todos os vestígios possíveis. Isso inclui não só a maioria dos documentos e registros escritos, mas também explodiram os barracões utilizados como dormitórios, as câmaras de gás e os crematórios.

Por fim, em 1946 as autoridades soviéticas entregaram o antigo campo ao governo polonês. Posteriormente, em 1947 fundou-se o memorial Museu Estatal de Auschwitz II-Birkenau. Já em 1979, o local se tornou Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Como visitar o Campo de Concentração de Auschwitz

A cidade de Oświęcim, onde ficam os campos de Concentração de Auschwitz e Auschwitz II-Birkenau fica a 67 quilômetros de Cracóvia. O ideal é dedicar um dia inteiro para o passeio, que começa de manhã cedo. O museu abre às 8h da manhã e seu horário de fechamento varia de acordo com as estações e meses do ano. No verão (junho a agosto), por exemplo, funciona até às 19h, já em dezembro, as atividades se encerram às 14h.

Você pode conhecer o campo por conta própria, sem guia. Nessa modalidade, você não paga nada. No entanto, para isso, deve-se entrar no local até às 10h da manhã. Após esse horário, apenas visitas com guias são permitidas. E para essas visitas, você deve comprar ingresso antecipadamente pela internet. Acesse o site oficial para mais informações.

Para um melhor aproveitamento do passeio, é necessário pelo menos três horas de visitação. Inclusive, você pode selecionar a duração do tour no momento de comprar o ingresso.

Para chegar em Oświęcim basta pegar um ônibus na estação Cracóvia MDA, eles saem de hora em hora e custam barato. Já dentro do complexo de Auschwitz, o trajeto entre o campo Auschwitz I e Auschwitz II-Birkenau, que tem 3 quilômetros de distância, é gratuito e feito com um ônibus específico.


Por fim, você precisa estar ciente de que conhecer um campo de concentração não é para qualquer um. Estar em um local que foi palco de atrocidades à humanidade é extremamente triste. Os dados são chocantes e algumas imagens expostas no local, juntamente com a história relatada, tornam o passeio pesado. Porém, mesmo assim, vale a pena conhecer Auschwitz. O que aconteceu naquele local não pode jamais ser esquecido.

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