Devaneios

O que eu aprendi com os meus erros em viagens

erros em viagens

Viajar é que nem qualquer outra atividade: quanto mais se faz, mais experiente nos tornamos. E essa experiência vai desde o momento inicial de definir o destino, comprar a melhor passagem, fazer reservas, criar roteiro e até mesmo na hora de fazer a mala. Não adianta, só aprendemos certos truques, fazendo e errando. Por isso criei esse post e nele eu conto o que aprendi com os meus erros em viagens.

Os aprendizados que surgiram com meus erros

O destino tem que ter a ver com o que você gosta

Esqueça a opinião alheia. Sabe aquelas “verdades” que ouvimos por aí? Viajar para fazer compras, viajar apenas para destinos super famosos, só vale a pena viajar se for para ficar em resorts na beira da praia. Esqueça. Viaje de acordo com o que você gosta e tem vontade de conhecer. Uma vez me arrependi muito de não ter ido para uma cidade no interior da França, porque me falaram que não valia a pena. Eu deveria ter ido e tirado minhas próprias conclusões.

Erros em viagens. Lembre-se de fazer e escolher um destino que tenha a ver com o que você gosta!
(Jakob OwensUnsplash)

O roteiro não precisa ter mil e um programas.

Crie pausas entre uma atração e outra, aproveite de outra forma. Menos é mais. Ainda preciso aprimorar meus roteiros, mesmo já tendo conhecimento, volta e meia acabo colocando mais atividades do que estou disposta a cumprir em um dia de viagem. Um roteiro lotado de “obrigações” acaba engessando a sua viagem. E se você está em um parque e quer ficar mais, mas já tem outro passeio te esperando naquele dia? Tenha coragem de decidir e aproveitar o momento presente.

Na minha viagem ao México, programei vários dias em Tulum, preenchi cada um deles com visita aos cenotes, diferentes praias e outras atrações. No entanto, sabe o que eu fiz chegando lá? Deixei de lado todo o planejamento e fui sentindo o que eu verdadeiramente queria fazer. Visitei um único cenote, fui à zona arqueológica da cidade e depois aproveitei meus dias curtindo a praia.

Férias que chama, né? Senti a vibe e o clima que Tulum projetou em mim e me deixei levar pelo momento. Não me arrependo em nada! Aliás, super indico que você se ouça e entenda o que está precisando.

Erros em viagens, um roteiro com mil e um programas.
Menos é mais! (Kelsey KnightUnsplash)

Gostou de algo que você pode comprar? Leve.

Esse é um dos erros em viagens que eu continuo cometendo, infelizmente. Não estou incentivando o consumismo, acredito e defendo um estilo de viagem que preza pela experiência e não pela compra. Mas, é normal que nos deparemos com coisas diferentes, que muitas vezes não vemos na nossa cidade ou na nossa rotina diária. Sejam, elas roupas, objetos decorativos e outros artefatos. Por isso, não deixe para ver em outro lugar ou comprar depois.

Até hoje eu tenho uma listinha de itens não comprados pelo caminho. Uma toalha de mesa super colorida e diferentona no México, objetos de Natal característicos húngaros, um outro artigo de decoração que encontrei em uma cidadezinha no interior da Alemanha e algumas outras coisas mais. Dessa forma, se você viu algo que amou, que vai te fazer lembrar daquela viagem com carinho e principalmente, se você pode pagar por aquilo sem que suas férias sejam prejudicadas, vá em frente.

Equilíbrio é tudo!

Pelo menos pra mim funciona muito bem, economiza ali pra gastar um pouco mais aqui. Isso vale pra ir em algum restaurante um pouco mais caro, fazer aquele passeio que você quer tanto e que tem um custo elevado ou ainda, para pegar um táxi ou uber quando não se está afim de caminhar.

Eu prefiro destinar um investimento financeiro maior aos passeios diferentes que um destino pode me proporcionar, do que na hospedagem, por exemplo. Para mim, desde que o hotel ou apartamento que eu alugar tenha uma boa localização, está valendo. Já uma visita a alguma atração que me interessa, aí sim, vale investir mais. Gosto também de conhecer restaurantes ou bares diferentes em algum momento da minha viagem. E isso implica em elevar o orçamento do dia. Tudo bem, nunca me arrependi de nada que tenha feito nesse sentido.

Quando visitei o Deserto do Atacama, sabia que os passeios teriam um custo maior, mas mesmo assim estava mais que disposta a pagar por eles. As experiências que tive no deserto valeram cada centavo pago. Por sinal, não vejo a hora de voltar e repetir alguns deles.

Placa indicando aonde passa o Trópico de Capricórnio no Deserto do Atacama, no Chile
Eu felizona no Deserto

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Como organizar uma viagem pelo Deserto do Atacama?

Calma e presença.

O que vale em uma viagem, definitivamente, NÃO é dar check apenas nos pontos turísticos. Aprecie todos os momentos com calma e consciência. Eles não voltam mais. Já os atrativos famosos, sempre estarão por lá.

Já fui aquela pessoa apressada que passava correndo pelos lugares. Ainda bem que faz algum tempo que viajo de outra forma. Sendo assim, uma das coisas que eu mais gosto de fazer nas viagens é sentar e observar. Pode ser em um café, no parque ou até na calçada mesmo. Amo! Essa atividade é conhecida como people watching e ela te mostra mais sobre a vida e cotidiano local, entende? É sensacional ver as pessoas no seu ritmo diário em uma cidade onde você está de férias, apenas observando.

Além disso, quando seu roteiro é minimalista, você consegue ter mais presença e consciência nas coisas que decide fazer. Já que não tem que fazer tudo com pressa para dar tempo. Experimente viajar dessa maneira!

O que faz sentido pra você, pode não fazer para mim.

Tudo bem se você não gostou daquela atração que a sua mãe indicou. Vocês são pessoas diferentes, vivendo vidas e momentos diferentes. Conheço gente que acha um tédio conhecer museus, outros que viajam focados nisso. Algumas pessoas detestaram subir na Torre Eiffel, já outras, acharam a coisa mais emocionante do mundo. E tudo bem!

Ah! E não é porque você não curtiu algo em uma viagem, que na segunda vez, não possa mudar de opinião. E ainda, você pode ter um pensamento sobre algum destino ou atração e modificá-lo completamente depois de conhecê-lo ao vivo. Nós somos livres e tudo é possível.

Malas enxutas!

Ainda estou trabalhando nessa tarefa. Mas, sou da opinião que sempre existirá alguma loja que você possa comprar algo se precisar. A não ser que você esteja indo para um destino super remoto sem comércio algum. Aqui também funciona o menos é mais.

Erros em viagens, não ter uma mala enxuta.
Mala de viagem (Anete Lusina/Unsplah)

Meu objetivo de viagem é ir para qualquer destino e durante qualquer período, no máximo com mala de mão. Vou chegar lá! Outra dica, se você já não usa determinada roupa no seu dia a dia, não caia no pensamento de que porque o destino é tal, que você vai usar. Mentira, você não vai. Priorize roupas confortáveis e que combinem entre si.

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Gostou dos meus aprendizados? Me conta nos comentários alguns que você já teve durante ou depois de alguma viagem. Vou adorar saber! 🙂

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