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Londres: a cidade dos parques

Greenwich Park Londres - Fas Khan/Unsplash

Difícil é ficar sem ter o que fazer em Londres, pois a cidade tem mil e uma atrações. Até a ida a um pub tipicamente londrino é uma atividade importante da lista do que fazer por lá. Mas, além dos museus, lojas, mercados gastronômicos, feiras de rua, brechós, bairros charmosinhos, ainda há os parques! E são milhares deles, por isso que eu chamo Londres de “a cidade dos parques”.

Com essa infinidade de opções, escolher qual deles visitar, é trabalhoso. Portanto, nesse post explico um pouco mais sobre quais são eles, onde ficam, as atrações que existem em cada um, etc. Para que você consiga decidir qual deles vale a sua visita.

Hyde Park

Primeiramente, falarei sobre o mais tradicional de todos, o Hyde Park. Ele fica no coração da cidade e é o mais conhecido entre eles. O Hyde Park ocupa uma área de 142 hectares, e, no passado, era propriedade da família real, sendo proibido o acesso ao público. À medida que os anos foram passando, esse acesso foi sendo liberado. Por esse motivo, ele é chamado de parque Real. Além dele, outros sete parques em Londres também são chamados assim.

Hyde Park em Londres
Hyde Park (Angelo Pantazis/Unsplash)

Dentro do Hyde Park você encontra inúmeras atrações: Há a esquina do orador, onde são comuns protestos sobre diferentes assuntos. Em 2003, por exemplo, mais de 1 milhão de pessoas protestaram contra a guerra do Iraque. Um memorial dedicado à querida Princesa Diana, também foi erguido dentro do parque. É uma fonte que fica próxima ao lago Serpentine – a Diana Memorial Fountain.

Eventos no Hyde Park

O parque conta com uma boa estrutura, com banheiros públicos, restaurantes, cafés, parquinhos com brinquedos para crianças. Ainda é possível alugar cadeiras reclináveis e pedalinhos. Além dessa oferta toda, o local promove atividades e eventos durante praticamente todas as estações do ano!

No inverno, há o famoso Winter Wonderland, um evento anual que acontece de novembro a janeiro. Há múltiplas atrações, como brinquedos para crianças, roda gigante, espetáculos, pista de patinação no gelo e um mercado de Natal. Já na primavera, você pode aproveitar que as árvores e vegetações florescem e conhecer o The Rose Garden, um jardim de rosas. No auge do verão é quando as pessoas lotam os gramados do parque par tomar sol e fazer piquenique, além disso, andam de pedalinho pelo lago, enfim, aproveitam de verdade dois fatores não tão comuns em Londres, o sol e o calor. Você pode conferir todos os eventos que acontecem no Hyde Park nesse site.

Entretanto, para mim, a “função” mais legal que o Hyde Park pode te proporcionar é assistir a um show nele. Milhares de bandas já fizeram dele, o palco para suas apresentações. Nomes como Rolling Stones, Paul McCartney, Queen, The Killers, Madonna e Bon Jovi já tiveram o privilégio de tocar lá. O Hyde Park também já foi o local escolhido para receber o super evento Live 8.

Como chegar no Hyde Park

Como o Hyde Park está no centro de Londres, você provavelmente vai esbarrar nele quando estiver conhecendo a cidade. Entrar lá é gratuito, ele abre desde cedo da manhã até tarde da noite. Por fim, as estações de metrô que são próximas às entradas do parque são: Hyde Park Corner, Lancaster Gate e Marble Arch.

Kensington Gardens

Adjacente ao Hyde Park, está o Kensington Gardens – com 1.1 quilômetros quadrados de extensão. Lá se localiza o Palácio de Kensington e além dos seus famosos jardins, você também pode conhecer o majestoso Royal Albert Hall, que está em uma das extremidades do parque, o Albert Memorial, em homenagem ao marido da Rainha Victoria, o Príncipe Albert e um playground infantil construído em homenagem à Lady Di.

Albert Memorial no Kensington Gardens em Londres
Albert Memorial e, ao fundo, o Royal Albert Hall (divulgação/Instagram)

O Kensington Gardens e o Hyde Park são divididos apenas por uma rua, conhecida como The Ring. Portanto você pode conhecer os dois parques em uma tarde só, por exemplo.

Monumento à Rainha Victoria
Estátua da Rainha Victoria e Palácio de Kensington ao fundo (divulgação/Royal Parks)

O acesso ao parque se dá facilmente pela estação de metrô South Kensington. Outras atrações próximas ao parque são, o Victoria & Albert Museum e o Museu de História Natural.

St. James Park

St. James Park é o parque real mais antigo da cidade – foi aberto em 1605. Ele fica bem centralizado também, na região de Westminster e possui 23 hectares de área total.

Com certeza é um dos parques mais visitados, pois ali se encontra o Palácio de Buckingham – residência oficial da monarquia britânica, famoso também pela Troca da Guarda que acontece diariamente e atrai milhares de pessoas. Dessa forma, ele é tido como o parque mais bem cuidado de Londres!

St. James Park em Londres
St. James Park (divulgação/Royal Parks)

Sua estrutura conta com banheiros, restaurantes, cafés e playground para as crianças. Um passeio por lá, é uma pausa estratégica para respirar ou descansar, no meio de um dia repleto de atividades. O parque abre todos os dias das 05h à meia noite.

Uma das várias atrações do St. James Park é o Buckingham Palace Flower Beds – uma área, criada em 1901, repleta de flores, de diferentes tipos, que fica em frente ao Palácio de Buckingham e funciona como destaque ao memorial à Rainha Victoria (primeira monarca a viver, de fato, no palácio). O replantio dos canteiros no verão, requer mais de 20 mil flores, entre elas gerânios, sálvias e figos chorões. Já no inverno, o local é preenchido com 50 mil flores amarelas e tulipas vermelhas.

O canteiro repleto de flores conhecido como Buckingham Palace Flower Beds em Londres
O Buckingham Palace Flower Beds (divulgação/Royal Parks)
Como chegar no St. James Park

Como a maioria das atrações de Londres, se chega no St. James Park através do transporte público. Logo, as estações de metrô mais próximas são: St. James Park e Westminster.

Richmond Park

Passear pelo Richmond Park é diferente que qualquer visita aos parques do centro de Londres. Lá você tem contato direto com a vida selvagem, e, por ele estar mais afastado, você consegue se sentir como se estivesse até mesmo no interior.

Inicialmente destinado a um local de caça, o Richmond Park é o maior dos parques reais de Londres, com 955 hectares (sete vezes maior que o Hyde Park). É considerado também a maior área verde urbana de todo o Reino Unido.

Por ser um pouco mais afastado do centro de Londres (está localizado na zona 3), dificilmente o parque é incluído na lista de lugares para visitar quando se viaja para a capital inglesa. Mas, se você tiver com tempo sobrando, o Richmond Park vale a visita.

O local é uma reserva natural, conservando diferentes espécies de pássaros, insetos, esquilos, coelhos e a que talvez mais chame a atenção, seus mais de 600 veados que vivem soltos no meio do parque. Além dos animais, as espécies de flores e árvores que lá existem também são múltiplas.

Veados no Richmond Park em Londres
Veados no Richmond Park (Johan Mouchet/Unsplash)

Uma das principais atrações do parque é o Isabella Plantation, um jardim de 40 hectares, onde são cultivadas flores, entre elas, as diferentes variações de azaléias. Além disso, há também uma plantação de plantas exóticas.

Como chegar no Richmond Park

Seu acesso se dá por 11 portões, seis deles especificamente para pedestres. Para chegar até o Richmond Park, é preciso descer na estação de metrô Richmond (District Line) e pegar um ônibuslinhas 371 ou 65 – que te deixam na entrada Petersham. Os portões para pedestres ficam abertos 24h por dia, com exceção de novembro à fevereiro, quando abrem às 7h30 e fecham às 20h.

Hampstead Heath

No coração do bairro de Hampstead, está essa enorme área verde, com mais de 300 hectares. O Hampstead Heath é, com certeza, um dos parques mais completos se o que você busca é diversão e se exercitar. Pois nele se encontram pistas de corrida, quadras para jogar tênis. piscinas públicas e outros campos para diferentes tipos de esportes. Além disso, as crianças com certeza vão se distrair nos parquinhos que estão espalhados por lá.

São 25 lagos ao longo de todo o parque. Mas, em apenas três deles, você pode nadar. Fato curioso é que desses três, um deles é exclusivo para mulheres, outro para homens e por fim, o terceiro aceita mergulho misto! Hehe

Por se localizar em uma região alta de Londres, a vista que se tem de toda a cidade é impressionante. O Hampstead Heath tem em seu terreno vários desníveis e elevações.

Hampstead Heath em Londres
Hampstead Heath (John Smyth/Park Grand London Hyde Park)

Além do parque, o bairro Hampstead é uma perfeita opção de passeio. Nele você encontra cafés, lojas independentes, muitos pubs, livrarias, além de museus e antigos casarões bem conservados para visitação. Antigamente essa região era uma vila rural. Hoje em dia é uma das áreas mais caras da cidade. É a estação de metrô de mesmo nome que dá acesso ao bairro e ao parque – linha Northern (preta) do Underground.

Greenwich Park

Localizado ao Sul de Londres, do outro lado do rio Tâmisa, o Greenwich Park é o parque real cercado mais antigo. Tem sua abertura em 1433. Ele é associado fortemente com a realeza britânica, desde que sua área foi herdada – em 1427 – pelo duque de Gloucester (irmão de Henrique V).

Vista de Londres a partir do Greenwich Park
Londres ao fundo, avistada a partir do Greenwich Park (divulgação/Royal Parks)

Por estar no alto de uma colina, tem-se uma agradável vista do rio Tâmisa, das docas e da cidade ao fundo. Uma das principais atividades para fazer no parque, é a visita ao Observatório Real de Greenwich, onde se encontra a linha do meridiano de Greenwich – marcação que divide o globo terrestre em ocidental e oriental. A partir desse marco zero, se mede a longitude de cada local do mundo.

Royal Observatory no Greenwich Park (divulgação/Royal Parks)

Junto ao Greenwich Park está também o Museu Marítimo Nacional e o Palácio Queen’s House. O parque está aberto das 6h da manhã, até, normalmente, o anoitecer – varia de acordo com as estações do ano). E é através do DLR (Docklands Light Railway) que você chega até lá, descendo na estação Cutty Sark. Ou então, pelo underground, você pode parar na estação North Greenwich e por fim, pegar um ônibus (linha 188 ou 129) para chegar até a entrada do parque.

Regent’s Park

Por último, mas nem por isso, menos importante, está o charmoso Regent’s Park. São 166 hectares ao total e o parque foi aberto ao público em 1838. Seus portões abrem às 5h da manhã e o horário de fechamento depende da época do ano.

Dentre as principais atrações do Regent’s Park, estão: o espetacular Queen Mary’s Rose Gardens, um jardim com mais de 12.000 rosas (para sua visita, o mês mais propício é julho, que é quando as rosas florescem), o zoológico de Londres, conhecido como London Zoo, além de um teatro ao ar livre e ainda uma mesquita.

Já a estrutura do parque dispõe de cafés, bares, restaurantes, quiosques, banheiros públicos e playground para crianças. Lá ainda é possível praticar inúmeras modalidades esportivas, como corrida, futebol, esportes aquáticos, entre outros.

Café dentro do Regent's Park em Londres
Café no Regent’s Park (divulgação/Royal Parks)

Junto ao Regent’s Park está Primrose Hill, uma colina que te surpreende com a vista sensacional que se tem de Londres. Na verdade, a rua Prince Albert Road separa a Primrose Hill do restante do parque. Você chega ao Regent’s Park – que está ao norte de Londres – pelas estações de metrô Baker street ou a Regent’s Park.

Primrose Hill no Regent's Park
Primrose Hill no Regent’s Park (divulgação/Royal Parks)

Para mais informações sobre rotas e como chegar em determinado destino, acesse o site do transporte público de Londres, o TFL, é bem completo. Nesse site você coloca o ponto de partida e o destino final e ele te mostra o trajeto detalhado, exibindo qual transporte você deve pegar (entre ônibus e metrô), quanto tempo você precisará andar até a estação e o tempo total do percurso.

Enfim…

Enfim, acredito que deu para entender porque Londres é a cidade dos parques. Isso que eu ainda deixei alguns de fora dessa lista. Entretanto, eu realmente espero que esse post te ajude a pelo menos selecionar qual deles visitar. Lembrando que Londres ainda te proporciona inúmeras outras atividades e atrações para serem combinadas com esses parques.

Sempre vou defender que você deve se deixar levar e curtir de fato a cidade. Se quiser “perder” a tarde inteira andando sem rumo em algum dos parques que mencionei, acho ótimo. Para mim, também é parte primordial de uma viagem a observação, das pessoas locais, da cultura, de suas rotinas. Minha sugestão é: prepare um lanchinho e vá ver e sentir a vida passar. Tenho certeza que você vai gostar dessa experiência.

Você encontra outras dicas do que fazer em Londres aqui.

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