Com uma variedade exuberante de atrações naturais, a América do Sul é um dos lugares mais diversificados quando o assunto é natureza. Grandes florestas de mata atlântica, cerrados, morros e montanhas, cânions, vales desérticos cachoeiras, rios, glaciares e até mesmo vulcões. A lista é infinita! E por que não, conhecer alguns desses destinos caminhando? Por isso, conheça algumas das trilhas incríveis da América do Sul para considerar em uma próxima viagem.
Veja as trilhas para fazer na América do Sul
1. Trilha Inca, Peru
A mais famosa das trilhas sul americanas. E não é por menos, pois ela te leva até uma das sete maravilhas do mundo moderno, Machu Picchu. O caminho Inca tem como ponto de partida o Vale Sagrado, na cidade de Cusco. Você percorre cerca de 40km e atinge quase 4.200m de altitude até a Cidade perdida dos Incas – Machu Picchu.
No entanto, o trajeto – que leva de dois a quatro dias – deve ser agendado com antecedência e só pode ser realizado com o acompanhamento de um guia. Há ainda, outros caminhos, mais longos, que podem durar cinco ou sete dias, passando por Llactapata e pela montanha Salkantay. Em contrapartida, é possível também, realizar uma caminhada mais curta – de dois dias, por exemplo.
No meio da trilha, que margeia o Rio Urubamba, você se depara, não só com paisagens únicas, como também, com ruínas incas. O que torna tudo ainda mais especial. Dica importantíssima: é preciso fica pelo menos uns dois dias em Cusco antes de partir para a trilha inca. Pois você deve se aclimatar com a altitude da região e assim, evitar o soroche (mal da altitude), que causa dores de cabeça, enjôos e outros sintomas.
2. Trilha Monte Fitz Roy, Argentina
O Monte Fitz Roy (conhecido também como Cerro Chaltén) fica no entorno da cidade de El Chaltén, no sul da Argentina e na fronteira com o Chile. Uma das principais atrações da Patagônia argentina, o trekking até o Fitz Roy é classificado como um dos melhores do mundo!
São 25km de trilhas – contando a ida e a volta – por isso, um dia inteiro é necessário para realizar a caminhada. O bacana é que o caminho é demarcado e por isso, você não precisa contratar um guia para o percurso. Mas tenha um mapa e de preferência, não faça a caminhada sozinho.
A melhor época para o trekking é no verão (de novembro a março). Mas mesmo assim, a Patagônia tem um tempo imprevisível, então esteja preparado com roupas impermeáveis. Um última sugestão é combinar El Chaltén com El Calafate, distante um pouco mais de 200km.
Trilha Vale do Pati, Brasil
Localizada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, a trilha pelo Vale do Pati é longa. São 70km que podem ser percorridos entre 4 e 8 dias. Mas te garanto que o esforço compensa! Isso porque a trilha é tida como a mais linda do Brasil e uma das mais exuberantes de toda a América do Sul.
Pelo caminho você se depara com belezas naturais de tirar o fôlego, como vales, montanhas, cachoeiras e muito mais. Algumas delas são: o mirante do Pati e as Águas Claras, na rota mais curta; o Cachoeirão e a Cachoeira do Funil (se você realizar o trajeto de cinco dias); e por fim, a Cachoeira do Lajeado e o Poço Azul, que são vistos no maior percurso.
4. Torres del Paine, Chile
O Parque Nacional Torres del Paine está localizado na Patagônia chilena e é conhecido pelas montanhas icônicas que você vê como plano de fundo na imagem. É aquele local que nos faz sentir um grãozinho de areia em meio a incrível natureza. Para visitar as Torres del Paine, esteja preparado para caminhar, pois trekkings são essenciais para o passeio.
Nesse sentido, há dois circuitos o W e o O. Veja mais sobre eles:
- O circuito W possui 71km e passa pelas principais atrações do parque e pode ser realizado em quatro ou cinco dias. Atenção, pois é possível iniciar o percurso pela Laguna Amarga (rota clássica) ou pelo Glacial Grey (rota invertida).
- O circuito O exige mais, já que é a continuação do W e são mais de 90km de trilha.
Já a hospedagem dentro do parque pode ser em campings ou em refúgios – que são tipo hostels. E fora do parque, há hotéis que normalmente incluem passeios bate e volta a Torres del Paine no preço da diária.
Por fim, a melhor época para visitar a região é de novembro a março. Quando não faz um frio tão intenso e nem tem risco de neve forte. Nesse período, os dias são mais longos também.
5. Monte Roraima, Venezuela
Localizado entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana, o Monte Roraima é o ponto mais alto da Floresta Amazônica e também faz parte das trilhas mais incríveis da América do Sul. Se você optar por realizar a trilha que te leva ao topo do monte, deve ir até a Venezuela, pois o caminho se inicia por lá. Dessa forma, a caminhada leva em torno de 7 a 8 dias e ainda é pouco conhecida entre os turistas brasileiros.
A 2.800m de altitude, o monte impressiona, principalmente pelo seu formato, reto, como uma mesa. A atração fica em dois parques nacionais: do lado venezuelano, o Parque Nacional Canaima e ao lado brasileiro, o Parque Nacional do Monte Roraima.
6. Cotopaxi, Equador
Cotopaxi é um dos vulcões mais ativos do mundo. Possui cerca de 5.800m de altura e atrai aventureiros de todos os cantos do planeta. Localizado no Parque Nacional Cotopaxi, a 1h30 de Quito (capital do país), a trilha tem duração de dois dias e um certo preparo físico é necessário. Além disso, é exigido também, que você esteja acompanhado de um guia.
Os desafios são inúmeros: caminhar no gelo, altitude elevada e longos percursos. O último trajeto, por exemplo, que já é sobre o glaciar, leva mais de cinco horas. No primeiro dia de trekking você chega ao Refúgio (a 4.800m de altitude), dorme por lá e enquanto ainda está noite, inicia a parte final para chegar ao cume ao raiar do dia. A parte boa é que você vai de carro desde a entrada do parque, até o vulcão, o que dá aproximadamente 45km.
7. Trilha da Pedra do Telégrafo, Rio de Janeiro, Brasil
A trilha é super concorrida. Isso ocorre pela famosa foto em que você se pendura na pedra e parece que está na beira do precipício. A caminhada inicia na Barra de Guaratiba, você precisa acessar pela escadaria da Igreja Nossa Senhora das Dores.
É uma trilha curtinha, não tem 1km, mas há desníveis no solo e você levará em média 40 minutos para chegar no ponto mais aguardado, a Pedra do Telégrafo. A recomendação é que você evite percorrer o trajeto aos finais de semana, quando há filas demoradas para tirar a foto na famosa pedra.
8. Trilha Laguna Torre, Argentina
Outra trilha bastante procurada pelos aventureiros que chegam em El Chaltén, na Argentina, assim como o Monte Fitz Roy. A trilha Laguna Torre chega até a base do Cerro Torre e o ponto alto é a vista para a laguna, formada pelo degelo da geleira. Leva-se 3h caminhando para chegar ao ponto final, apesar de simples, a parte inicial é a mais cansativa, pois é subida o tempo todo!
Você também pode optar por fazer o percurso sem guias, mas lembre-se de ter em mãos um mapa, pelo menos. a melhor época para o passeio é no verão ou primavera. Porém, o clima da Patagônia é imprevisível, então mesmo nessas estações, leve um casaco impermeável.
O que você precisa saber antes fazer as trilhas incríveis na América do Sul
- Levar comida e bebida par as trilhas é imprescindível. Pois você deve repor suas energias e se hidratar com consistência.
- Roupas adequadas para a temperatura. Em lugares de grande altitude, faz muito frio à noite.
- O calçado é importantíssimo. Então, se você for comprar sapatos especificamente para a caminhada, teste e emacie antes de começar sua viagem.
- Se certificar se você precisa adquirir entradas com antecedência.
- Se informar se você pode realizar a trilha sem o acompanhamento de guias.
- Não se esqueça dos itens de proteção, como: protetor solar, repelente, chapéu, óculos de sol, luvas e gorros (se necessário), etc.
- Seguro viagem é fundamental para esse tipo de viagem, com aventura e exercícios físicos. Portanto, se você adquirir um seguro com a Seguros Promo e utilizar o meu código OMAPADAVIAGEM5, você garante um desconto de 5%.
Espero que o post tenha te inspirado a querer conhecer alguma das trilhas incríveis para fazer na América do Sul. Existem destinos surpreendentes a poucos quilômetros de distância do Brasil e até mesmo dentro do nosso país. Precisamos valorizar isso.
E por fim, nada mais apropriado que estar em meio à natureza, ao ar livre e um tanto isolados, nesses tempos de pandemia que estamos vivendo. Mas ainda assim, é importante seguir as regras de distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel e evitar ao máximo, aglomerações.
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